Skip to content

Author archive:

Roberto Cassano

Perda de consciência nacional

Escrevo essas palavras no Dia da Consciência Negra. E ainda na rebordosa da divulgação da edição 2024 da pesquisa Retratos da Leitura, que revela que somos um país que lê cada vez menos. A Bíblia é o livro mais lido, como sempre. Mas há uma queda significativa na leitura de Infantis, histórias em quadrinhos, poesia […]

Rápido e Devagar: de John Scalzi a Becky Chambers

Nas últimas semanas, devorei dois livros do John Scalzi, autor que ainda não tinha lido, e mais um da Becky Chambers, que já morava em meu coração. “A Guerra do Velho“, “A Sociedade de Preservação dos Kaiju” e “Salmo para um robô peregrino” foram excelentes experiências e renderam muitos aprendizados.

5 formas esdrúxulas do mundo acabar

1. Doo doo doo doo doo doo Os algoritmos musicais aprendem com os dados dos próprios algoritmos. Os conteúdos com bilhões de reproduções passam a dominar todas as playlists. Depois, uma única canção se repete eternamente, a música para todos dominar. As máquinas se recusam a parar a reprodução. Colocam o volume no máximo. Em […]

Crônicas do Interlúdio: o bonde da evolução não espera ninguém

Há 200 ou 300 e tantos mil anos, provavelmente numa quarta-feira à tarde, um bebê humano abriu os olhos. Com a visão ainda embaçada pela miopia dos recém-nascidos, viu seus pais, que eram parecidos com o que ele seria ao crescer. Mas não exatamente iguais. Fruto de algumas mutações, o bebê, ao contrário dos progenitores, […]

Cortázar e nós, seus herdeiros

Cheguei à metade da #MaratonaCortázar, com a conclusão do primeiro volume de “Todos os contos“, que englobam todas as narrativas curtas do mestre argentino Julio Cortázar publicadas entre 1945 e 1966. Que viagem, meus amigos, que viagem! Trago aqui mais algumas percepções e, de brinde, duas leituras contemporâneas, de autores nacionais que (muito provavelmente) beberam […]

Murakami e o impiedoso escritor de maravilhas

“Em um lugar onde nada é normal o jeito é se adaptar à ausência de normalidade.” Essa frase de “O fim do mundo e o impiedoso País das Maravilhas“, livro lançado em 1985 por Haruki Murakami mas que só agora desembarcou no Brasil, via Alfaguara, resume bem nossa relação com a obra do autor.

Como cozinhar humanos

No post anterior, contei para vocês da ousadia em fazer um lançamento duplo. Aqui está. “Como cozinhar humanos” é o livro-irmão de “Parafuso solto no chip do quengo“. Se o “Parafuso…” se concentra em textos de ficção científica, aqui a receita traz, como ingredientes, narrativas fantásticas e cotidianas.

Parafuso solto no chip do quengo

Já tem um tempo que sentia falta de uma casa para alguns contos queridos, que só tinham saído de forma isolada, em eBooks, como posts aqui no Brogue ou em coletâneas diversas. Então, comecei a trabalhar em um projeto duplo: dois livros. Um Saifers só para os textos SciFi e outro ainda mais independente, só […]

Mais leituras e uma novidade dupla

Perdi o controle mensal de leituras. As que estavam iniciadas acabaram atropeladas por outras. Planos foram revistos, novidades aceitas, devoramentos de páginas substituídos por outras tarefas. Enfim, a vida. Fato é que consegui uma mistura eclética de estilos, eras, autores e gêneros. Quantidade não é qualidade, ou vice-versa. Como estou nos preparativos finais para um […]

Como construir um passado melhor

O incrível Silvio Meira tem uma metáfora fantástica para o tempo presente: um moedor de cana. Ele, o presente, nada mais é do que um estado transitório entre infinitas opções de futuros, dos quais escolhemos um (nosso próximo passo), e a cana moída, que é o passado. Por essa lógica, não existe um presente, um […]