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Controlvê – conto completo

Written by

Roberto Cassano
Uma taça de Martini e o texto Controlvê

A

bri a porta do apartamento e fui recebido pelo aroma de orégano e pelo alarme estridente do timer da cozinha. A pizza estava pronta. Celebrei comigo mesmo o sincronismo. Assim que deixei o escritório de arquitetura, compartilhei a localização com minha esposa. Coube a ela rastrear meus passos e colocar a pizza no forno do tempo exato. Tanto cuidado se justificava: não é toda hora que celebramos nosso primeiro aniversário de casamento.

Eram bodas de papel. O primeiro ano juntos, em que o calor da paixão pode esfriar mais rápido que a consolidação da cumplicidade, é simbolizado por esse material que se julgava frágil, efêmero. Lembro do celular no bolso, penso no outro aparelho usado para seguir meus passos e rio com a inversão de valores. Em tempos de redes sociais e vidas construídas virtualmente, o papel passou a ser eterno, raro, valioso. Um viva à boda de papel, então.

Trouxe uma garrafa de vinho de qualidade duvidosa, comprada na loja de conveniência do posto da esquina. Sentados à mesa, abastecemos nossas taças e nos deliciamos com a pizza, que estava ótima. Uma notificação de celular interrompeu uma disputa pela última fatia, em que os garfos viraram sabres, e éramos esgrimistas lutando pelo espólio.

Ela desbloqueou a tela, leu algo no aplicativo de mensagens e ia retornando à celebração (prestes a descobrir que eu tinha comido a tal fatia), quando percebeu que a localização compartilhada há um bom tempo seguia ativa. E o mais estranho: o pontinho com minha localização não tinha parado em casa. Seguiu rua abaixo, avançando até outro ponto da cidade. No momento, estava ziguezagueando por um trecho de serra, em um bairro de luxo à beira-mar, com grandes casarões incrustados nas encostas rochosas de frente para o oceano.

Como arquiteto, já tinha participado do projeto de algumas casas ali, para atores, atletas, gente com grana e prestígio. Mas jamais visitei os lugares depois de terminadas as obras, coisa que a bolinha que me simbolizava no celular estava estar prestes a fazer.

Nos entreolhamos, confusos. “Será que meu celular foi clonado?”, pensei. O efeito do vinho passou de súbito com a adrenalina. Saquei o celular, abri os aplicativos de bancos, e-mail e cartão de crédito, alterando as senhas. Cancelar a linha telefônica naquela hora da noite seria uma baita dor de cabeça, então optamos em monitorar o clone, para ver até onde ele iria.

Até seguir caminho rumo ao bairro dos casarões, o trajeto assinalado no aplicativo era exatamente o feito entre o escritório e nossa casa. “Será que foi quando entrei na loja de conveniência?” Teria sido obra do sujeito estranho tomando guaraná natural com um laptop sobre a mesinha circular? Ou foi a atendente simpática a quem paguei pelo vinho?

Não tínhamos quaisquer pistas. Fui à janela da sala em busca de alguma van suspeita, com antenas no topo, como as dos filmes de espionagem. Nada fora do comum, noite normal lá fora.

Voltei ao sofá onde minha esposa acompanhava os passos do clone depois de abandonar a mesa do jantar de bodas de papel. O impostor era, sem dúvida, a atração principal da noite.

Depois de alguns minutos piscando sobre uma casa específica, o compartilhamento de localização foi interrompido. Saquei meu computador da mochila e, com ele, procurei pela casa em um mapa online e, depois, por notícias sobre o local. Era a residência de um famoso estilista. Por coincidência, haveria um grande evento ali, para lançamento de uma coleção exclusiva, com presença de fotógrafos renomados e top models internacionais. “O picareta tem bom gosto”, reconhecemos.

Defunta qualquer possibilidade de retomarmos o roteiro romântico do jantar com vinho, pizza caseira e luz de velas (que esquecemos de acender), o item seguinte na programação foi vasculhar os perfis em redes sociais do anfitrião e dos convidados ilustres destacados pelos perfis de fofoca.

A festa tinha vários ambientes e uma decoração inspirada em um mashup entre o Brasil tropical e o oriente tecnológico. Muito raio laser, garçons performáticos e música eletrônica. Alguns convidados faziam selfies ao lado de emas adornadas com tiaras cravejadas de brilhantes. Acrobatas desafiavam a gravidade presos a largas faixas de tecido que pendiam do alto de grandes palmeiras.

Um participante fez uma transmissão ao vivo mostrando detalhes do estacionamento, um pequeno congresso de Ferraris, Mercedes e afins. Já uma jovem, influenciadora digital especializada em comida, fez questão de perseguir os garçons, mostrando um a um os quitutes para seus seguidores. Eu desconhecia todos e, acredito, não provaria nenhum, limitado por meu paladar infantil.

“Espera, volta uns segundos aí.”

“Por quê? Quer anotar a receita?”

“Não, não, só volta uns segundos. Olha o cara que vai passar atrás do garçom.”

Arrastando o dedo, retrocedi a saga dos canapés, atento à minutagem que chamou a atenção de minha companheira de sofá. Tremi. Meus lábios ressecaram. Afundei no sofá, a sala girava ao meu redor. Algo apertava meu coração, levando-o para longe, para fora do tórax.

Naquele vídeo, passando por trás de um garçom que era atacado pela influenciadora dos canapés, estava um homem, feliz e confiante, segurando um martini. Ele parou por uns segundos, deu um gole na bebida, abriu um grande sorriso e acenou para alguém fora da cena, andando em seguida em direção a esta pessoa, enquanto a influenciadora seguia para outro lado atrás de mais um garçom. O homem do martini, totalmente à vontade naquela recepção glamurosa, sem dúvida alguma era eu.

A noite terminou naquele momento. Embalada pelo vinho, ela pegou no sono mesmo após a descoberta chocante. Eu fiquei ali, perplexo, sem coragem para monitorar os passos do clone, mas sem condições de deixar o assunto de lado. Com receio de mais uma surpresa ingrata, desliguei o telefone.

De manhã, ainda sem religar o celular, verifiquei pelo computador a conta bancária e o site do cartão de crédito antes de sair de casa: nada estranho ou irregular. Fui trabalhar em modo analógico, mantendo o aparelho móvel desligado, como forma de manter meu clone aprisionado no retângulo inerte em meu bolso.

O dia começou estranho. Não me sentia bem e os efeitos da noite passada em claro e do vinho barato encharcavam o cérebro com um piche espesso e pesado. Ainda seguia empacado no projeto de um potencial cliente. Era uma concorrência, e o escritório vencedor levaria um excelente contrato. Patinava há duas semanas e aquele não tinha pinta de ser um dia produtivo.

Levantei e fui tomar café, sonolento. Um grupo no corredor alternava os olhares entre mim e seus celulares. Uma jovem profissional que mal me dirigia a palavra me cumprimentou efusivamente. Na pequena copa, senti o braço trêmulo e cansado quando fui desencaixar um único copinho plástico do recipiente em que eles ficam empilhados uns nos outros. Acabei com um bolo de cinco copos na mão. Ainda estava tentando desfazer o desperdício ecológico quando senti dois tapinhas em meu ombro.

Agradeci por ainda não ter me servido do café, pois teria me molhado todo quando me virei e vi que o autor dos tapinhas era o dono do escritório, arquiteto experiente e renomado.

“Parabéns, jovem. Os contatos que você fez ontem podem dar muito mais retorno para nosso escritório do que horas debruçado sobre uma prancheta. Você deve estar cansado, talvez queira ir para casa depois do almoço, trabalhar de lá e descansar um pouco.”

Fez o pequeno discurso e foi embora, sem esperar uma réplica. “Mas o que eu fiz ontem além de ter o celular clonado?”

Larguei os copos vazios de café e fui buscar refúgio e isolamento no banheiro. Tranquei a porta e, trêmulo, tirei o celular do bolso. Assim que ligou, ele vibrou continuamente por vários minutos. Eram centenas de notificações de uma rede social de fotos. Eu tinha ganho mais de 10 mil seguidores e uma imagem em particular tinha outras milhares de curtidas. Era uma foto minha, confiante e sorridente, ao lado do estilista dono da festa chique de ontem, de um jogador de futebol campeão do mundo e de uma das mais famosas supermodelos da atualidade.

Entre os comentários, o jogador de futebol agradecia por eu “ter sido a alma da festa. Grande sacada do anfitrião ter convidado essa pessoa tão especial e profissional de enorme talento e sensibilidade”.

Olhei para mim mesmo na foto. Eu tinha um brilho no olhar que desconhecia. O eu da foto parecia mais vivo do que a pessoa sonolenta e de pernas bambas no banheiro de um escritório.

Aceitei a folga pelos serviços prestados na véspera e fui para casa. Minha esposa também tinha visto a postagem e não sabia se jogava panelas em mim em uma crise de ciúmes ou se ligava para a polícia.

Concluímos que era impossível eu estar ali com ela e assediando supermodelos ao mesmo tempo. E que era esteticamente inviável que qualquer supermodelo me desse atenção. Fui absolvido por incapacidade física e sensual de cometer o delito. Quanto à polícia, não chegamos a um consenso. A história era doida demais, talvez fosse mais provável sermos presos por desacato, suspeitos de tentar aplicar um trote.

Terminei de mudar as senhas de todas as outras aplicações e troquei o número do telefone. Adicionei novas camadas de autenticação, inclusive biométricas. Por fim, formatei o aparelho e reinstalei tudo. Não tinha mais como o clonador usar minha localização ou minhas redes sociais.

Por alguns dias, pareceu ter funcionado e a vida voltou ao normal. Apenas os colegas e o chefe seguiam mais simpáticos comigo do que de costume. Ainda que não tivesse avançado uma parede sequer em meu projeto, o dono do escritório me chamou em sua sala para dizer que eu tinha sido escolhido para defender a proposta da concorrência, dentro de mais três dias.

Pânico. Trouxe o grande computador do trabalho para casa, para me concentrar e trabalhar sem trégua. Praticamente não saía da frente da tela, comendo sanduíches que minha esposa preparava para mim.

Na véspera da apresentação, recebi um e-mail inusitado: a cópia, assinada por mim, de um contrato de gravação de uma campanha publicitária. Alguns minutos depois, uma notificação no celular registrava uma movimentação atípica na conta do banco: um depósito, com vários zeros depois do algarismo inicial, vindo da mesma empresa com quem o outro eu assinara contrato.

Não tinha nem tempo para me desesperar, precisava me concentrar. No fim da noite, cansado, repousei a cabeça sobre a mesa de trabalho, empurrando o teclado do computador um pouco para o lado. Adormeci. Não sei quanto tempo se passou até que despertei com uma metralhadora vibratória em meu celular. Era uma nova onda frenética de notificações da rede social de fotos. Para aqueles milhares de seguidores eu não estava cheio de olheiras tentando fazer um projeto de arquitetura. Na imagem que o outro eu acabara de postar, eu estava no interior de um jatinho particular. Era um carrossel, com os bastidores de meu ensaio fotográfico ao lado de uma estrela da música pop. Eu estava sem camisa e tinha gominhos no abdômen que definitivamente não reconhecia. Ainda assim, era eu, com certeza.

O coração palpitou, a visão ficou turva. Cambaleante, caminhei aos tropeções em direção ao banheiro. Uma queimação subia pelo esôfago. Precisava colocar para fora o que estava sentindo. Talvez pudesse expelir o falso eu que me eclipsava, que me afrontava com a pequenez e futilidade de minha vida real. Odiava aquele eu. O outro eu era um escárnio. Não tinha o direito de roubar minha existência, mesmo que soubesse tirar muito mais proveito dela.

Não cheguei ao banheiro. Em minha confusão mental devo ter tropeçado no fio que ligava o computador a uma tomada e caí. Quando abri os olhos, ela segurava minhas mãos. Em meu pulso, um esparadrapo mantinha no lugar a agulha por onde gotas de soro pingavam lentamente. Estava em uma enfermaria.

“Você bateu com a cabeça e desmaiou. Os médicos disseram que precisa ficar em observação por 24 horas”, me explicou, falando pausadamente para eu acompanhar mesmo em meu desnorteio.

Demorei a fazer as contas. Era de noite quando eu caí. A reunião com o potencial cliente seria na manhã do dia seguinte. “Que horas são?”, perguntei. Talvez ainda dê tempo, precisa dar. Só falta eu perder o emprego por causa do impostor passageiro de jatinhos.

Eram quatro da tarde.

Fechei os olhos e soltei um longo suspiro. As mãos crispadas queriam socar a maca, mas as horas deitado me deixaram sem forças até para isso. Pedi para ela ligar meu celular e olhar as mensagens, a esperada sequência de vários “cadê você?” que se concluiriam com um “está demitido”. Mas só tinha um áudio do meu chefe. Ela colocou para tocar e aproximou o celular de minha cabeça, para que eu pudesse ouvir.

“Você saiu tão rápido da reunião que nem deu tempo de conversarmos… olha, o cliente acabou de me ligar, disse que adorou você e sua energia. Que é disparado o melhor projeto de todos. Ainda temos que ver a parte de preço e tal, mas tecnicamente, a conta é nossa. Ou melhor, sua. Meus parabéns. E, sobre a ideia de sociedade que você falou, vou pensar, mas acho que pode ser um ótimo negócio para todo mundo, sócio. Parabéns. Aproveite aí com sua esposa, ela deve estar orgulhosa. Tchau!”

Sócio? O outro eu pegou um jatinho de volta de sei lá onde para apresentar um projeto em meu lugar e ganhou a conta? Vai-vou ser sócio do escritório?

Ainda com meu celular na mão, ela viu a notificação do banco.

“Que dinheirama é essa?”

“Eu acho que fiz uma campanha publicitária. Parece que estamos ricos”, concluí enquanto observava as gotas de soro caindo lentamente.

Passei os trinta dias seguintes sem sair de casa. Acompanhava as movimentações do meu outro eu pela conta bancária, os constantes e crescentes depósitos e pelas mensagens do escritório de arquitetura (eu fazia excelentes projetos e os defendia muito bem, com paixão). Estava cada vez mais famoso nas redes sociais. Me chamavam de o Arquiteto das Estrelas. O jatinho foi realmente uma boa aquisição. Seria impossível acomodar minha agenda atribulada se eu dependesse de voos comerciais.

Não posso dizer que não usufruía. Trocamos a TV e a geladeira. Assinei todos os serviços de streaming. Quando não estava assistindo meu próprio sucesso pelo celular, comia pratos de chefs renomados disponíveis nos serviços de entregaenquanto maratonava séries e filmes. Meu clone trabalhava por mim. Engordei três quilos desde que me duplicara.

Recebi uma foto de minha mãe, contente por eu ter finalmente feito-lhe uma visita e, além de elogiar o bolo de laranja, ainda consertei o varal que estava quebrado há anos. A imagem mostrava o tal varal, repleto de roupas penduradas ao sol. Muito bom, a não ser pelo detalhe de que, no dia da referida visita, eu estava em casa, assistindo à refilmagem de Além da Imaginação na TV.

Tempos depois, já não me reconheci no espelho ao escovar os dentes, um dos poucos hábitos de higiene preservados. Os olhos fundos e opacos, a pele translúcida, a barba por fazer com tufos emaranhados. Estava mais gordo do que jamais imaginei. Mas não importava. Para todos os efeitos, eu não estava me desfazendo no sofá. Era um sucesso profissional e pessoal, com milhares de seguidores, amigos influentes e mãe orgulhosa. Eu tinha vencido na vida.

O que via no espelho era uma lembrança incômoda, um daqueles deslizes do passado que rezamos para que jamais venham à tona. Não saía de casa. Temia encontrar comigo mesmo e desfazer a magia de nossa duplicação, colocando tudo a perder. Tudo… tudo o quê?

Segui fazendo compras online, gastando parte da conta bancária conjunta comigo mesmo, que não parava de acumular mais e mais dinheiro. Eu tratava como uma justa remuneração, o pagamento do aluguel para o inquilino que arrendou minha vida.

Confesso, constrangido, que não sei ao certo quando ela me deixou. Um dia, enquanto me arrastava pela sala para buscar um copo de água na cozinha, ouvi o silêncio que reinava na casa. Um silêncio vazio, doído. Caminhei pelos cômodos sem nada falar, não chamei por seu nome. Apenas procurei. Abri as portas de seu lado de armário, e confirmei que ali jaziam cabides vazios. Procurei por uma mensagem, bilhete e nada achei. Quando ela havia me deixado?

Abri o celular e olhei as redes sociais. Procurei por minhas últimas fotos. Algumas eram um tanto quanto clichês, com plano fechado de mãos brindando taças de champagne, ou a foto de mim mesmo caminhando sobre uma praia da França dando as mãos para a pessoa que tira a foto. Olhei as mãos. A da taça, as que eram puxadas em direção ao poente na Cote d’Azur. Eram as mãos de minha mulher. De minha ex-mulher.

Havia me trocado por eu mesmo.

Considerei pôr fim à nossa vida, mas não tinha certeza de que meus infortúnios o atingiriam de alguma forma. Ele continua esbelto e barbeado nas fotos, mesmo com todos os ataques que tenho feito ao meu corpo físico. Voltei para o sofá e recomecei a maratona de séries.

Mais uns dias se passaram, e estava cada vez mais pálido, translúcido. Eu desaparecia. A cada dia, ele se tornava a mim. E eu rumava para ser uma ideia, uma vaga lembrança, um sonho que ficamos em dúvida se já foi real ou não.

Decidi aguardar o pleno desaparecimento. Foi quando recebi um e-mail de mim mesmo. Agradecia pelo corpo, pela vida, pela profissão. Elogiava minha esposa e dizia para eu ficar tranquilo, pois eu continuava cuidando, amando e a respeitando. Por fim, pedia desculpas antecipadamente por transferir todos os nossos recursos financeiros para uma outra conta bancária, a qual eu não teria mais acesso. Terminava com link para um site e uma sugestão para que eu o acessasse em até cinco dias.

Cliquei no link. Tinha fotos de pessoas de todo o mundo. Embaixo de cada retrato, um nome, a idade e a profissão de cada indivíduo. Sob as imagens e textos, para cada homem e mulher, um botão laranja com texto “COPIAR”.

Cinco dias depois, a polícia bateu à porta, procurando por meu antigo eu. Diziam que eu estava sendo procurado por falsidade ideológica, que me passei por um arquiteto famoso. Acariciando o queixo barbeado e bronzeado com meu braço musculoso, disse aos oficiais que desconhecia o caso e a pessoa em questão. Entreguei a eles meu cartão profissional da multinacional automotiva e o de presidente da Federação de Triatlo. Chegaram tarde. Eu já era outra pessoa.

O conto “Controlvê” está disponível em formato Ebook na Amazon. Dá para ler no computador, tablet, celular ou no Kindle. Assinantes Kindle Unlimited podem ler de graça!

E se seu telefone celular for clonado? Pior ainda: e se sua vida for clonada? E se o falso “eu” souber viver melhor do que você, alcançando em seu nome sucesso que jamais imaginou conquistar?

O texto faz parte da série de ebooks 1ContoEPouco, que trazem uma história cada (às vezes com algum bônus) e custam 1 conto e pouco.

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